Dia 047 e 048 – Diamantina (MG)
Dias 047 à 048 -13 à 14 de agosto de 2018 – Diamantina (MG)
Fomos para o nosso próximo patrimônio da humanidade, Diamantina em Minas Gerais, que fica a 291 km de Belo Horizonte. Chegamos à cidade de tarde e fomos para o camping São Pedro. Foi uma tortura atravessar as ruas de pedra da cidade com o Tropeiro, por mais que andássemos devagar tudo pulava e sacudia. Já vi muito calçamento de pedra, mas esse é muito rústico. No camping, desacoplamos o Camper para termos mais mobilidade na cidade.
Na terça-feira, saímos para conhecer a cidade, deixamos o carro estacionado e andamos a pé pelo centro. A sensação de estarmos em outra época era forte principalmente com o ar típico de cidade pequena, carregado de histórias, nos transportando a um tempo onde o Brasil ainda era colônia de Portugal.
A Catedral Metropolitana de Santo Antônio é bonita, foi reformada e bem moderna por dentro.
No Museu do Diamante fomos muito bem atendidos tornando a visita interessante pela riqueza de informação nas explicações sobre cada peça, mas duas nos chamaram a atenção, são cadeiras para as necessidades humana feminina e masculina.
A visita à casa da Glória era imperdível devido ao seu famoso passadiço, bacana.
Tomamos um lanche rápido em uma cafeteria, atraídos pelo cheiro do bolo de cenoura ainda quente. Continuando pela cidade vimos outros locais interessantes como a antiga Casa da Intendência, ficamos surpresos com sua história. Na casa existe um fosso onde dizem que o intendente jogava os escravos que iam vender seus diamantes para assim não ter que pagá-los, muito triste se realmente é verdade.
O Mercado Velho localizado na atual Praça Barão de Guaicuí, originalmente chamado de “barracão” ou “intendência” foi criado com a intenção de melhorar o controle da comercialização dos produtos da cidade assim como organizar e melhorar a rede urbana da cidade. Atualmente está vazio, só tem movimento aos sábados.
A casa da Chica da Silva é um local famoso. Ela era escrava e se casou com um contratador de diamantes, João Fernandes de Oliveira, que a tirou da senzala e lhe deu uma casa imponente. Das sacadas de sua casa é possível ver a Igreja de Nossa Senhora do Carmo que foi financiada por ela para que os escravos pudessem assistir às missas. Nessa época, os escravos eram proibidos de passar por debaixo do sino da igreja, por isso, na igreja que Chica mandou construir, o sino fica na parte de trás.
Da cidade fomos para a Vila de Biribiri, que está localizada a 15 km de Diamantina dentro do Parque Estadual do Biribiri, na Serra do Espinhaço. O acesso é por uma estrada de terra dentro do parque que leva à vila passa por várias cachoeiras e por muitas pontes rústicas.
Biribiri foi erguida em fins do século XIX em função da Companhia Industrial de Estamparia, hoje desativada. Foi uma agradável surpresa pois a vila é bucólica e muito charmosa com suas ruas de terra e belos casarios e uma igreja colonial. O povoado é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Quem vai a Diamantina não pode perder a oportunidade de conhecer.
Voltamos para Diamantina no fim do dia, pesarosos de irmos embora no dia seguinte, tem tanta coisa à acontecer no fim de semana como a Vesperata, concertos promovidos pelas bandas da cidade, diversos músicos se apresentam nas sacadas dos casarões coloniais da rua da Quitanda. Ficamos satisfeitos em ver como a cidade está bem cuidada, conservada e sinalizada com placas informativas sobre os locais.