Dias 149 e 150 – Parque Nacional Pali Aike (Chile)
Dias 149 e 150 – 01 e 02 de março de 2019 – Parque Nacional Pali Aike (Chile)
Ontem, saímos de Punta Arenas e fomos conhecer o Parque Nacional Pali Aike que está na lista de tentativa a patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Ainda próximo a Punta Arenas paramos para tirar uma foto do Tropeiro com a réplica da Nao Victória comandada por Fernão de Magallães e Juan Sebastián Elcano, um dos cinco barcos que iniciaram a primeira volta ao mundo.
No meio do nada, paramos no Monumento ao Vento,
e quase fui carregada, não é atoa que existe esse monumento.
Os 26 km finais até o parque foram de rípio.
Chegamos à portaria do parque as 16:15h e ele fecha as 20:00h. O local possui atendimento ao público, onde você deve se registrar e pagar a entrada. Aberto para visitação de outubro a abril.
O Parque Nacional Pali Aike está localizado na região de Magalhães, Patagônia Chilena, e foi criado em 1970 com 5.030 hectares no nordeste do Chile. Pali Aike é um nome Tehuelche que significa Lugar Desolado.
Não é permitido dormir dentro da área do parque, mas pode no estacionamento ao lado da portaria. Nessa noite tivemos a companhia de overlanders franceses.
O parque conta com áreas para piqueniques e banheiros públicos e 4 trilhas para fazer. É permitida a entrada de veículos no parque, então, não pensamos duas vezes, porque os atrativos são distantes uns dos outros.
Fizemos as duas menores no final da tarde e começamos pela 3a trilha, a Lagoa Ana,
com 9.000 m através da estepe patagônica, (tempo de caminhada: 2h45 desde a portaria), mas você pode ir de carro até bem perto.
Depois fomos para a 2a trilha que é a Cova Pali Aike, originada em um segundo episódio vulcânico entre 13.000 e 17.000 anos,
com 600 metros de fácil acesso,
a maior parte do parque está coberta por lava basáltica determinando uma vegetação semidesértica.
E sem grandes dificuldades (tempo de caminhada: 30 minutos);
Olha o que encontramos na trilha, o Zorro Culpeo ou Raposa Andina, que vive ao longo da Cordilheira dos Andes desde a Colômbia até o sul do Chile.
De manhã, fizemos as outras duas trilhas que são bem maiores.
A 1a delas é a Cratera Morada del Diablo, que tem as lavas mais jovens com idade estimada de 15.000 anos.
com 1,7 km, dificuldade média (tempo de caminhada: aproximadamente 40 minutos);
E rumo à 4a trilha e última a Cratera Morada del Diablo, sendo que a distância entre essas duas atrações, é de 2 km.
A caminhada tem um certo grau de dificuldade, porém com boa acessibilidade (tempo de caminhada: 45 minutos). É interessante ver as bolhas de ar que são buracos no chão feitos pelas lavas das erupções vulcânicas.
O chão nos trechos que tem a lava petrificada é todo fragmentado e preto, tornando o visual muito diferente.
Dados da Cratera Morada del Diablo.
O lugar é impressionante, pena que a fotografia não retrata a grandeza do lugar.
Na volta, foram 2,7 km de trilha. Pegamos muita chuva e ficamos completamente molhados. Como estávamos com nossa casa, ficou fácil resolver a questão das roupas e sapatos, foi só trocar.
Com essa visita você vai descobrir as evidências dos primeiros grupos de caçadores-coletores que foram encontradas na área de estepe de Pali Aike, próximo ao Estreito de Magalhães, do período Pleistoceno (período entre 2.588 milhões e 11.7 mil anos atrás) que são os grandes animais já extintos, entre eles o milodonte (tipo de preguiça gigante). Esses homens já tinham o domínio do fogo, fazendo lareiras escavadas no solo de suas cavernas – lareiras de tijolos, que são característica desses tipos de locais.
Depois de tanta chuva, o que queríamos era só um lugar quente para nos esquentar e secar nossas roupas e botas, como passaríamos a apenas 50 km de Punta Arenas rumo a Puerto Natales, resolvemos voltar para o hostal Hospedaje Costanera Del Estrecho que havíamos ficado nos dias anteriores.
Fomos muito bem recebidos pelo Sr Luiz que rapidamente resolveu o nosso problema das roupas molhadas. Por sorte, ficamos no mesmo quarto, parecia que estávamos voltando para a casa da família…. hehehe