Dias 186 a 188 – Parque Los Alerces (Argentina)
Dias 186 a 188 – 07 a 09 de abril de 2019 – Parque Los Alerces (Argentina)
O Parque Nacional Los Alerces está cerca de 45 km de Trevelin e chegamos ao Parque no domingo depois do almoço pelo setor centro. O ingresso foi A$ 350,00 pesos argentinos/pessoa (R$ 35,00).
O Parque foi criado em 1937 e eleito como Patrimônio Natural da Humanidade em 2017. Com mais de 207 hectares de área, seu formato é de quase um retângulo e possui 65 km de norte a sul.
As paisagens nesta região são espetaculares, com lagos glaciais de águas claras, vales e formações rochosas típicas da passagem de glaciares, as “sheepback rocks”. O parque é dominado pela Floresta Patagônica, que ocupa parte do sul do Chile e da Argentina. Essa floresta é um dos cinco tipos de floresta temperada do mundo e a única eco região de floresta temperada da América Latina e Caribe.
O parque possui a maior floresta de Alerces da Argentina. Essa árvore pode chegar a mais de 60 metros de altura e é uma das árvores mais longevas do mundo, algumas possuem mais de 3.600 anos.
A árvore mais conhecida do país está dentro dos limites do parque com 57 metros de altura, 2,2 metros de diâmetro e mais de 2.600 anos de idade.
Existe uma grande preocupação com os incêndios na floresta, portanto, eles deixam sinalizado o risco para acompanhamento de todos.
Fomos à Vila Futalaufquen que fica junto ao lago de mesmo nome com profundidade média de 150 m, temperatura média de 16oC e superfície de 7825 ha.
No caminho de volta, vimos as inscrições rupestres.
Procuramos um passeio para ver o Alerce mais antigo mas como já está fora da temporada não tinha mais, então, fizemos um treking.
Para conhecer a cascata Irigoyen
Dentro do Parque Nacional Los Alerces não tem sinal de celular.
O domingo foi de “céu de brigadeiro” sem vento e com temperatura agradável.
Aqui existem 3 tipos de camping: organizado, rústico – com espaços para fazer assado e latão de lixo, e o livre – apenas lugar destinado a acampar. Esses 2 últimos são 0800.
No domingo dormimos em num camping livre.
Só nós, o rio com seu barulho e os inúmeros pássaros e alguns animais. Uma tranquilidade e paz que não tem como explicar.
Ontem de manhã, segunda-feira, depois de tudo organizado, inclusive reservatórios de água abastecidos do rio. Paulo não estava com a menor vontade de sair dali. Poderia ficar mais um dia todo curtindo o lugar sem fazer nada – e se perguntando: “Cadê meus livros?”.
Continuamos a passear pelo parque e paramos na passarela.
Que leva ao Sendero Solitário (1,5 km de ida, 30 minutos de caminhada).
Gastamos 1 h 30 min para fazer.
Tem muita coisa para ver e apreciar e nada de correria.
Inclusive aprendemos como agir numa situação de avistamento de pumas, muito comum neste Parque.
Paramos no lago Menendez, no porto Chucao de onde saem os passeios para avistar os Alerces mais antigos. Esse lago tem profundidade de 350m e 5536 ha.
Curiosidade, escova para limpar os sapatos antes de embarcar.
Desse porto também saem os passeios para ver o Glaciar Torrecillas, uma atração que fica aberta o ano inteiro. Esse glaciar tem uma idade aproximada de 24 mil anos. Ao contrário das geleiras mais conhecidas do país, as Torrecillas são do tipo “circo”, porque se formam na montanha e dão a impressão de que ela é suspensa.
Paulo achou um pé de amora.
Ao entardecer chegamos a um camping organizado que pediu A$ 250,00 por pessoa, (R$ 25,00). Achamos o preço justo e resolvemos ficar. No parque não tem energia elétrica, então, a energia do camping é por gerador é vai de 20:00 às 23:00h.
O camping estava vazio e fomos muito bem recebidos pelo responsável, Sr. Humberto. Ele nos disse que é fim de temporada e está esperando passar a páscoa para fechar, daqui a duas semanas.
Rodamos pouco com o Tropeiro dentro do parque, tudo no rípio. Mas gastamos muita sola de sapato e muitas calorias queimadas, nas trilhas do parque.
Ficaram apenas 16 km para chegar à portaria norte, setor norte, ou seja, final do Parque que fizemos hoje.
O nome do Parque – Los Alerces, ou Os Alerces – é referente à árvore típica das florestas patagônicas que estão em extinção, igual ao nosso Pau Brasil.
O Parque faz parte da Huella Andina, que é um caminho de longa distância que passa por 4 parques argentinos e se utiliza de trilhas e caminhos preexistentes que se integram para criar este trekking com mais 560 km de extensão, perfeito para os amantes do tracking.
O Parque conta com uma estrutura bem completa, contendo 7 campings estruturados, 9 campings agrestes, 7 campings livres, 23 cabanas, 5 hotéis, 1 refúgio, 3 restaurantes e 3 quiosques. Também há vários banheiros e placas informativas.
Paramos na praia do Francês, um lugar lindo a beira do lago.
Saímos do parque no final da tarde e voltamos para o Chile, fomos dormir em Futaleufu porque Paulo queria fazer o passeio de rafting.