Dia 206 – Passo Pehuenche (Chile-Argentina)

Dia 206 – 27 de abril de 2019 – Passo Pehuenche (Chile-Argentina)

Hoje, saímos do Chile e viemos para a Argentina pelo passo Pehuenche.

O Passo Pehuenche fica na Cordilheira dos Andes, a uma altitude de 2.557 metros acima do nível do mar. Localiza-se entre o departamento de Malargüe, na Província de Mendoza, Argentina e a comuna de San Clemente, na Província de Talca, Região do Maule, Chile. É uma das alternativas ao passo fronteiriço do Cristo Redentor (Santiago – Mendoza), que por estar localizado em baixa altitude, oferece boas condições quase todo o ano, exceto em muito intensas nevascas durante o inverno.

A rodovia nacional argentina RN 145 liga o passo à Ruta Nacional 40, na pequena localidade de Bardas Blancas. No outro sentido, a Ruta CH-115 conduz a Talca junto à Ruta CH-5.

O dia prometia ser bonito já no início da viagem.


A Cordilheira dos Andes já se exibia para nós.


Uma surpresa a cada curva.


A paisagem alterava bastante.


E começamos a subida. Esta é uma montanha sinuosa com curvas acentuadas, cegas e em ziguezague.


E percebemos alguns perigos da estrada. Telas de proteção colocadas nos paredões para que as rochas não caíssem sobre os veículos.


O trecho é muito bonito, mas ao subir a Cordilheira dos Andes, a paisagem muda muito. Nosso sentimento é que somos pequenos diante da natureza e hoje ela estava esplendida.


E paramos para fazer fotos.


E tivemos a maior surpresa ou presente da natureza


Os condores passaram voando sobre nossas cabeças.


É indescritível.


Depois de um tempo eles foram embora e nós também,


Maravilhados com os condores nem imaginávamos que teríamos outra grande surpresa.


A Laguna Del Maule (Lagoa de Maule) que nos acompanhou um bom trecho. A cor da água é azul, contrastando com a aridez em volta deixa o azul mais intenso.


Um fato interessante dessa laguna é que existe um vulcão submerso na Lagoa de Maule despertando a curiosidade de cientistas do mundo todo devido ao solo da lagoa que vem aumentando de forma constante na última década, cerca de 30cm ao ano sem ter causado uma erupção. As informações são do doutor em Geologia da Universidade de Bonn, na Alemanha e professor da Universidade Católica de Temuco, no Chile, Cristian Farías.


Dr. Cristian, diz que existe uma grande quantidade de magma, gases e resíduos sólidos embaixo do solo da lagoa que busca sair à superfície. “A lagoa continua inflando. Estudos apontam que as condições para uma erupção em curto prazo ainda estão longe de acontecer”, disse o professor.


A lagoa engana quem nele se atreve a navegar em suas águas gélidas e aparentemente calmas. É muito complexa a navegação nesta lagoa, porque na parte central dele as águas são revoltas, agitadas, devido aos fortes ventos que vêm da Argentina.


Os trâmites burocráticos no Chile foram tranquilos.


E a descida da cordilheira até aduana Argentina mostrou uma paisagem bastante diferente.


Não tem como esquecer e sem dúvida até agora para nós foi o Passo mais bonito que fizemos.


Paramos para dormir no camping municipal de Malargüe, e conversando com Paulo tivemos o mesmo sentimento de que o dia foi perfeito podia ter durado 48 h, pois a cordilheira nos hipnotiza.